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Obesidade: A influencia da Genética na doença mais importante do Século XXI

A obesidade e o sobrepeso são fenômenos mundiais. Globalmente, 40% dos adultos possuem algum tipo de sobrepeso, e cerca de 10 a 15% estão obesos. Ainda que fatores ambientais, como o consumo exagerado de alimentos, especialmente carboidratos, sejam as principais causas, hoje sabe-se que a obesidade é mais do que somente o que uma pessoa come, mas sim o resultado de uma complexa interação entre um perfil genético de risco, falta de atividade física, excesso de calorias e uma série de outros fatores menores, mas que podem impactar no ganho de peso (Sono insuficiente, disruptores endócrinos, microbioma intestinal, dentre outros)

Em termos genéticos, a herdabilidade do IMC, ou seja, o quanto o peso dos pais influencia no peso dos filhos, é estimado entre 40 e 70%. Estudos com filhos adotivos mostram que seu peso tende a ser mais parecido com os pais biológicos do que com os pais adotivos. Em outras palavras, filhos de pais obesos ou em sobrepeso tem até 70% da sua variação de peso influenciada diretamente por fatores genéticos, que são herdados.

Hoje existem mais de 300 polimorfismos (variações no DNA com prevalência em mais de 1% da população) com possível impacto no IMC e no acúmulo de gorduras no corpo. Alguns desses polimorfismos estão associados a doenças importantes, que leva a obesidade e a várias outras complicações, mas a maioria deles tem efeito pequeno e depende da presença de em conjunto de vários outros para ter algum efeito.

Ainda assim é preciso resistir a tentação de atribuir a genética uma falha em perder peso. Se por um lado a predisposição genética tem grande impacto no ganho de peso de um indivíduo, também tem na sua capacidade de perder peso: Um estudo de 2018 publicado na British Medical Journal mostrou que pessoas com alto risco genético para obesidade tiveram melhores resultados quando submetidos a dietas saudáveis e perderam mais peso que suas contrapartes sem esse risco.

Nesse sentido, o diagnóstico da causa da obesidade, ou ao menos do perfil genético do paciente que possui sobrepeso, pode ser de grande ajuda ao permitir uma melhor escolha de dieta, uma melhor escolha de atividade física e um melhor resultado final.

O sobrepeso e principalmente a obesidade são condições com consequências graves e que devem ser tratadas com a seriedade que a condição exige. O uso de ferramentas da genética médica adiciona conhecimentos valiosos na identificação da etiologia da obesidade, o que cada vez mais melhora o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes.

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